segunda-feira, 14 de março de 2011

A escola.


Não sei se ja falei aqui sobre a escola.
Desde fevereiro a Gabi está na escolinha, Jardim I, empolgadissima como pra tudo na sua vida. No primeiro dia ela ficou tão ansiosa que passou mal no caminho, mesmo assim quis ir. Todos os dias pergunta: "Mamãe.. hoje tem escola ? a tia Rô vai ?". E quando eu respondo que sim ela dá pulos de alegria.
Sabado mesmo, ela queria dormir na vovó, mas estava preocupada, então me ligou de lá pra perguntar se tinha aula, rs. Tão responsável desde cedo.
Ela não fala muito sobre seus dias e suas atividades na escola, eu claro, fico perguntando, "mas e ai Gabi? O que fez de legal hoje ? Comeu comida ? Comeu o lanchinho que a mamãe mandou ? Pintou ? Brincou ? " 
Ela enrola e num resumo conta só o que quer, quando num diz "não sei mamãe!" 


Na semana do carnaval teve festinha, ela quis ir coma  fantasia da Uniqua.




Estou feliz, ela tem absorvido bastante do que aprende lá, eu fico sim com um pé atrás as vezes, mas acho que toda mãe principalmente no primeiro ano de escola fica né.

Esses dias ela disse pra vovó Deni que tem uma garotinha na escola que fala igual a ela só "hum, hum, hum". Minha mãe com o coração partido tentou a explicar que ela não fala assim, mas ela não se convenceu muito. Numa outra vez disse assim "eu contei que fui no teatro, mas ninguém escuta".
E hoje contou que se apresentou pra um amiguinho que disse "Daniela?". Ai ela faz aquela cara de deboche dela, rs. É engraçadinho, mas no fundo dá um aperto no coração, saber que tão novinha e já está passando por isso. 

Conversei com a Italita, fono que fez o tratamento inicial dela, logo que nasceu. Ela disse que é natural, que eles realmente começam a perceber suas dificuldades na fala, principalmente quando se convive com outras crianças.  Que isso acontece aos 4 anos, mas claro a Gabi é precoce, logo percebeu, o que por um lado é bom, porque logo também vai superar isso.
É, eu como mãe nem tão protetora, fico encucada, penso na inocência dela tentando se fazer entender pros amigos. O vô ouve essas histórias e chora, realmente é duro pensar que ela se vira sozinha até nessas horas, a gente que conhece tão bem ela sabe que nem esses constrangimentos a fariam desistir de ir a escola, ou de se socializar, ela é muito determinada, e a escola e o convívio com outras crianças só vai ajudar no seu  desenvolvimento, é preciso bater de frente com essas situações, afinal... é de pequeno que se aprende certas coisas, tenho certeza que ela não vai desperdiçar nenhuma lição que a vida tem pra lhe ensinar.




Hoje foi o primeiro dia do Ballet, ela foi feliz da vida quando eu disse então que a tia Rô que colocaria seu collant a sainha e suas sapatilhas, ai ela deu risada. E assim que chegou fez os passinhos que aprendeu hoje.


A Bailarina
Cecília Meireles

Esta menina tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.


Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.



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